“Spinning”

Viva amigos!

Fizeram uns dias lindos de chuva aqui no sul do sul, continuo sem perceber porque muitos teimam em lhe chamar de “mau tempo” com tanta falta que a chuva faz, talvez por ignorância ou simplesmente por egoísmo, eu chamo-lhe de “bom tempo” mesmo que por vezes fique privado de fazer as minhas coisas…

Então depois de estudar bem as condições e escolher o melhor dia e local onde pudesse programar uma pesca organizei-me e lá fui eu, cheguei ao spot e decidi fazer um reconhecimento do terreno porque havia muito tempo que não ia para ali e com o passar do tempo e com as chuvas etc por vezes há derrocadas e gosto de saber como está o terreno que vou pisar. O objectivo era fazer o final do dia e à hora prevista fiz uma descida recheada de incontáveis raízes solidas que se atravessavam no trilho e quase me pregavam rasteiras.

Já a pescar a morfologia do pesqueiro obrigava-me a “saltar” algumas zonas onde não fazia qualquer lançamento porque tinha pedras à minha frente, nisto e quando menos esperava levei uma sticada tão de repente que nem tive tempo de fazer uma ferragem, mas pareceu-me um ataque de raspão ou talvez algum robalo zarolho que andasse por lá, fiquei lixado por não ter ferrado este peixe e ao mesmo tempo motivado por saber que havia vida por ali.

Cerca de uns vinte minutos mais tarde eis que tenho outro ataque e desta vez foi o velhaco que levou uma sticada nos queixos que até deve ter ficado almareado, peixe já bom que foi trabalhado por entre pedras e sucumbiu aos meus pés, depois de guardado faço mais alguns lançamentos no mesmo local e ferro outro, este mais pequeno e veio sucumbir exactamente no mesmo sítio do outro, voltei à faina e insisti cerca de mais 1h e nada. Finalizei esta jornada com dois Robalos já porreiros o que é bem melhor do que o tal cardume de um que me perseguia jornada atrás de jornada. Normalmente costumo dizer que tenho a cina; de que quando não ferro o primeiro peixe que sinto ou se desferra já não toco na escama nesse dia e acreditem que já me aconteceu muitas e muitas vezes, mas desta vez foi diferente e ainda safei a pesca…

Depois da pesca veio a hora do xop xop, e o prato da noite foi; carne de porco com batata-doce, alhos e ovo, um gajo também tem que comer alguma coisa, atão 😋
A “Febre do Spinning” tem a sua magia, de um segundo para o outro tudo muda e aquela sensação de vazio que tínhamos torna-se num momento de euforia e nervosismo bom quando temos um peixe na outra ponta da linha.
Nos últimos anos tenho tentado aprender o máximo acerca dos hábitos, costumes e tendência das minhas espécies preferidas, o Robalo tem sido a espécie na qual me tenho debruçado mais…
Momento de relax antes de fazer a viagem de volta para a selvajaria da cidade, vocês nem imaginam os kms que eu faço de um lado para o outro para ir à pesca e tentar encontrar um pesqueiro que faça uma feição razoável, atenção que estou a falar de centenas de kms e ao preço que está o gasóleo não se avizinham bons tempos.
Uma das minhas especialidades, lingueirões de cebolada/alhos para comer com arroz branco ou pão caseiro e vinho, até choram 😂😂
Por hoje é tudo pessoal, haja saúde e força para combater a maldade e o egoísmo que existe no mundo.
Força aí…

 

Por Don Pesca

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